O dia tinha sido desgastante começando na loja que trabalhava onde tivera vários problemas com clientes, colegas e até com uma tentativa de assalto que fora rapidamente abortada pela segurança do Shopping. Saindo de lá teve que seguir para a Faculdade que não podia faltar, pois era semana de provas e o que mais queria era concluir o seu curso de Administração para conseguir uma boa colocação no mercado e crescer profissionalmente.
Estava quase chegando no ponto quando viu seu ônibus, tentou correr para pegar, mas não teve sucesso. Agora não adiantava chorar e o jeito era esperar o próximo chegar. Ficava um pouco receosa em ficar ali sozinha à noite apesar de ter algum movimento de pessoas que transitavam naquele ponto.
Denise olhava para frente, fixamente, na expectativa de sua condução chegar, começou a cair uma garoa, encolheu-se sentindo muito frio. Subitamente escutou o barulho de um carro derrapando na pista e freando quase em cima dela. Como num passo de mágica as portas traseiras do carro se abriram, dois homens saíram e sem dar tempo de reagir a agarraram e jogaram para dentro do veículo. Denise continuava encolhida, não conseguia enxergar nada, pois vedaram seus olhos, suas mãos e pés estavam presos e só escutava eles agitados dizendo para ela ficar quieta senão morreria.
O carro corria desgovernado, derrapava nas curvas e seu corpo era jogado de um lado para o outro como um saco de batatas. Estava apavorada, seus sentidos anestesiados, seus pensamentos confusos e se perguntava: Quem eram eles? Será que estava sendo seqüestrada pelos bandidos que tentaram assaltar a loja, que a viram apertar o alarme para avisar a segurança? O que eles queriam com ela? Estava em transe morrendo de medo e não sabia para onde a estavam levando. Começou a rezar, a chorar baixinho e queria tanto sair dali, chegar em sua casa e abraçar seus pais.
Finalmente, após meia hora, o carro parou e Denise foi arrancada do carro pelos ditos “irmãos metralhas” que a levaram para um quarto e a deixaram lá trancada. Escutou o barulho das chaves fechando a porta e os passos dos homens se afastando sem dizerem uma só palavra, sendo que um deles tinha um pigarro constante que mais parecia um tique nervoso.
Conseguindo se libertar das tiras que a amarravam e da venda dos olhos verificou que estava num cubículo muito pequeno e totalmente escuro. Tropeçou em um móvel e tocando percebeu ser uma mesa e por cima dela havia uma pequena mala ou algo parecido, mas não dava para ver.
Cansada, morrendo de medo, com a boca seca querendo muito beber água, estava tentando se controlar para não entrar em pânico e rezando para que alguém viesse socorrê-la. Seus pais já deviam estar aflitos e não sabia mais em que pensar, com suas pernas trêmulas acabou sentando no chão que estava igual a uma pedra de gelo de tão frio. Não queria morrer assim desse jeito, precisava reagir e olhando para o alto avistou uma pequena janela onde dava para ver a penumbra da noite e a sombra de um poste. Abaixou a cabeça e começou a chorar muito e foi quando ouviu um “clique” e viu que a luz do poste acendeu o que fez entrar um pequeno feixe pela janela que iluminava o móvel em que havia tropeçado.
Levantando foi logo verificar a mala que estava ali. Olhou detalhadamente e verificou que tinha dois fechos e apertou sem pensar e ela se abriu. Levantando a tampa deu de cara com seus objetos pessoais e ao mesmo tempo que arregalava os olhos pelo que acabara de ver, escutou o barulho das chaves na porta que abriu bruscamente, fazendo com que Denise soltasse um berro de tão assustada, levantasse rapidamente a cabeça, abrisse os olhos e . . . ! ! !
– Denise minha filha vai ficar dormindo com a roupa que andou o dia inteiro na rua? Levanta daí, vá tomar um banho e venha jantar conosco que daqui a pouco está na mesa, disse sua mãe ao entrar em seu quarto.
Viu que estava na sua cama, no seu quarto com as todas as luzes acesas. Suspirou de alívio e disse:
- Ufa que pesadelo horrível !!! Que bom que estou em casa.
Denise havia chegado em sua casa e estava sem luz, deitou-se na cama para esperar ela voltar pegando no sono. Foi assim que acabou tendo esse pesadelo, reflexo do dia angustiante que passara e agora o que mais queria era poder descansar e esquecer tudo isso.
*Escrito por Irene Moreira*
Participação da 5a. Edição do Projeto Entrelinhas
do pesadelo espesso e confuso da humanidade."
(Arthur Schopenhauer)
Imagens google
Adorei teu cointo e a riqueza de detalhes nele.
ResponderExcluirQuero aproveitar pra te dar os parabéns pelo niver desse lindo blog que tanto gosto.
Que possamos comemorar muiiiiiiiitos outros mais por aqui! beijos, tudo de bom,chica
Olá, te aguardo no meu blog, tem um selinho lá para ti. Um grande abraço.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirVim deixar meu carinho e te
desejar um belo final de semana:)
Tô muito feliz hj rs acabei de completar 45 mil visitas e fiz um Selinho que te ofereço com prazer,espero que goste:)
Beijoss fica com Deus!
Lindo conto!!! Quero desejar parabéns ao seu blog e dizer que ele está maravilhoso!!
ResponderExcluirBjs e ótimo final de semana!!
Adorei o conto amiga.
ResponderExcluirBom fim de semana.
beijooo.
Oi querida,parabêns pelo seu blog,muito lindinho!!!!
ResponderExcluirfiz umas mudanças no meu.Ele esta em processo de mutação(rsrs**)é minha vontade de deixa-lo agradável aos meus olhos,dar uma personalidade que demonstre muitas coisas,inclusive a sua vontade de ousar!espero que goste.Bjão da tammy'natural.
Linda postagem. Sempre escrevendo muito bem..
ResponderExcluirLindo selo. Vou levar.
Carinhosamente,
Sandra
postarei em meus mimos.
até mais amiga.
Sandra
Parabéns pelo aniversário do blog e pelo seu ótimo texto. Ah, esses pesadelos... Abraço e ótimo final de semana. Ney/
ResponderExcluirParabéns pelo merecido pódio,Irene!Vi agorinha por lá!beijos,tudo de bom,chica
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