Adriana e Eliane eram amigas inseparáveis e combinaram, num feriado prolongado, de viajarem para Florianópolis onde a família de Adriana tinha uma casa na Praia do Campeche.
Elas estudavam Turismo na mesma Faculdade e estavam estagiando numa Agência de Viagens que permitia terem facilidades para conseguirem passagens com preços baixos. Foi uma viagem planejada e já haviam feito uma agenda de passeios e queriam aproveitar bastante esses dias.
Logo que chegaram foram direto para a casa localizada num lugar sossegado apesar de ficar perto da praia que era muito freqüentada por surfistas que aproveitavam as ondas fortes do mar.
Descansaram um pouco, se acomodaram em um dos quartos que os caseiros já haviam deixado arrumado e com tudo que precisavam. Aproveitaram para almoçar e saborear a gostosa comida que a caseira, Dona Rosa, havia preparado. Depois ficaram planejando o que iriam fazer combinando darem um passeio até a Ilha do Campeche que ficava em frente à praia.
A Ilha que era muito conhecida pelos acervos arqueológicos e por suas histórias além de ser ótimo para se dar um bom mergulho. Para chegar lá pegaram uma embarcação e foram logo em direção a praia para aproveitar o passeio, pois a embarcação tinha horários marcados e elas queriam voltar antes do anoitecer.
Chegando à Ilha foram logo para a água que estava com uma temperatura agradável. Ficaram ali curtindo a água, sentindo a brisa gostosa da tarde, jogando conversa fora e seguiram caminhando pela orla brincando com água calma e cristalina.
Conforme caminhavam seus pés tocavam o fundo onde a areia estava cheia de conchas e pedras. Evitando se machucarem andavam com cuidado e foi quando a Eliane pisou em algo meio mole, parecia uma esponja e estranhando olhou através da transparência da água e de repente começou a gritar e a pular de pavor.
Adriana tentava, sem saber o que acontecia acalmar a amiga e não conseguindo olhou também para a água e aí ficaram as duas apavoradas. Adriana depois do susto procurou olhar melhor para saber que cara era aquela com dentes afiados e olhos esbugalhados olhando fixos para elas dentro da água, mas o entardecer havia diminuído a claridade. Pegou um galho de árvore que estava caído e, com a cara e coragem, procurou puxar aquele “monstro do mar“.
Eliane continuava tremendo feito vara verde e Adriana estava tensa, mas continuou firme puxando. Quando surgiu a cabeça do suposto “monstro” as duas se assustaram com o estado de decomposição de um gato que devia estar morto já há algum tempo. Adriana jogou longe o corpo do animal e as duas correram caminhando em direção a praia e assim que colocaram os pés na areia deram um suspiro de alívio e começaram a rir.
O dia começava a anoitecer e lembrando o horário da embarcação saíram às pressas. Conseguiram chegar a tempo e quando já estavam em direção a casa Eliane comentou com a amiga que tinha sentido o fato de chamarem Florianópolis da Ilha da Magia.
O que ocorrera fora simplesmente fruto da imaginação delas e para umas futuras Agentes de Turismo tinha servido de lição.
O que ocorrera fora simplesmente fruto da imaginação delas e para umas futuras Agentes de Turismo tinha servido de lição.
"Todos os homens têm medo.
Quem não tem medo não é normal;
isso nada tem a ver com a coragem."
(Jean-Paul Sartre)
Imagens google