Rose nascera no campo sendo criada numa Fazenda produtora de leite. Seus pais eram os caseiros, desde o início das atividades, desempenhando os trabalhos de rotina da fazenda assegurando a produção do leite com qualidade.
Apesar de estarem sempre voltados às tarefas diárias onde estava envolvida uma vasta equipe que dependia deles para o trato dos animais, a limpeza dos utensílios de ordenha, o abastecimento do que fosse necessário, tinham também a responsabilidade de cuidar da alimentação de todos.
Foi no nesse meio que Rose crescera tendo seus pais sempre se preocupado em dar a ela uma boa educação para que tivesse um futuro diferente do deles.
Estudava no colégio da região e já estava cursando o último ano do ensino médio. Era muito vaidosa, mas também era uma aluna exemplar e sonhava no ano que vem poder ir cursar a faculdade de veterinária numa grande cidade. Sabia que dependia de passar no vestibular e para isso vinha se dedicando em tempo integral.
Todos os dias ela ia de bicicleta para o colégio carregando sempre a sua pasta presa no suporte. Tinha o maior cuidado para poder chegar toda impecável carregando o seu material.
Rose era motivo de gozação de seus colegas onde a grande maioria os pais os levavam de carro. Ela sentia certa frustração por ser filha de caseiros e não ter os mesmos privilégios dos outros jovens de sua idade.
Praticamente ela era a única filha de caseiros que continuara com os estudos enquanto os demais foram ajudar os pais no trabalho da fazenda e as mulheres casaram e foram cuidar da casa e dos filhos.
Estava decidida em estudar fora dali e deixar de ser aquela jovem frustrada. Queria mostrar a todos que seria uma grande veterinária cuidando dos animais e andando de carro.
Para não chegar à escola de bicicleta ela a deixava no campo distante alguns metros seguindo o restante a pé. Como era muito vaidosa caminhava aquele trajeto de sapato alto, carregando a sua pasta e com a maior elegância como se estivesse desfilando em uma passarela.
Para não chegar à escola de bicicleta ela a deixava no campo distante alguns metros seguindo o restante a pé. Como era muito vaidosa caminhava aquele trajeto de sapato alto, carregando a sua pasta e com a maior elegância como se estivesse desfilando em uma passarela.
Era uma forma de se iludir e fugir da sua realidade de vida. Quando chegava a casa e olhava para seus pais que trabalharam arduamente para que ela tivesse uma boa educação ficava arrependida da forma como estava agindo.
Eles eram o seu maior orgulho e iria lutar com todas as forças para vencer na profissão que escolhera e poder dar uma vida lhes dar uma vida com mais conforto.
Irene Moreira
"O amor perfeito é a mais bela das frustrações, pois está acima do que se pode exprimir."
Charles Chaplin
19ª Edição Imagem
19ª Edição Sentimento
Sempre tão bom ver tuas inspirações lindas! Inicio bem i dia! beijos,chica e linda semana!chica
ResponderExcluirE se começamos a ler e não paramos mais nem precisa dizer muito, vivenciamos a essência do texto, sentimos, aprendemos e crescemos. Vale essa busca dos sonhos encarando a realidade, mas encantando com criatividade o que possa parecer adverso, sem perder os verdadeiros valores, raízes, amores e objetivos. Belo texto. Abraço/ney.
ResponderExcluir