Lá ia Ela como passo apressado. O vento a soprar-lhe a face e volta e meia a embaralhar seu cabelo salpicado de pequenas margaridas brancas.
Embora apressada se permitia bailar de faixa em faixa. Ora no verde, ora no azul, por vezes no lilás. Percorria o arco-íris tencionando chegar ao final e encontrar o tão falado pote de ouro.
Já estava bem pertinho e podia ver o caldeirão, cinza chumbo, mas não avistou nada reluzente.
Quando, finalmente, chegou percebeu que não havia ouro, apenas um caminho de pedra, cujo final não podia ver, mas mesmo assim decidiu seguir e depois de tanto andar deparou-se com um casarão margeado pelo jardim mais belo que já tinha visto. Por ali viu flores até então desconhecidas.
Já na porta notou que não havia campainha e resolveu bater. Uma voz que vinha do interior disse:
- Pode entrar, a porta está aberta.
Ela entrou ressabiada, mas logo o medo desvaneceu. Sentada ao fundo, em uma poltrona, viu uma senhora que aparentemente contava com muitos anos. O que mais chamou a sua atenção foi que o lugar era tomado pelo branco, exceto pela poltrona roxa e pelas grossas linhas coloridas dos novelos de lã. E assim, em meio ao branco sentiu a sensação de paz percorrer seu corpo. Ainda envolta nessa aura foi chamada a realidade, pela voz aveludada.
- No que posso ajudá-la? – Perguntou à senhora
- Bem é que segui o arco-íris achando que no final encontraria o pote de ouro, porém a única coisa que encontrei foi o caminho de pedra que me trouxe até aqui.
- Ah, minha filha, eu já estou acostumada com isso, mas que bom que você chegou até aqui. Alguns chagando ao final e não encontrando o pote de ouro apenas dão meia volta.
- Mas onde está o pote de ouro?
- Essa pergunta é fácil responder. Está com você.
- Comigo? Posso lhe assegurar que não tenho nenhum pote de ouro.
- Tem sim, minha filha, apenas não está sabendo olhar e é por isso que eu estou aqui, para ajudar. O seu pote de ouro nunca saiu do seu lado. O que acontece é que todos os que chegam até o final esperam encontrar riquezas materiais, porém a riqueza que se encontra dentro do pote é outra.
- Desculpe senhora, mas eu não estou entendendo.
- Vou explicar. Você chegou até aqui e se surpreendeu por não encontrar a riqueza, o ouro, mas a riqueza que realmente importa é a que você tem e não consegue perceber. É a riqueza dos bons sentimentos que carregamos dentro de nós. Por isso precisamos apurar o olhar para que possamos então reconhecê-los como riqueza.
A menina entendendo o que a senhora queria lhe dizer, sorriu, estalou um beijo em sua bochecha e fez, calmamente, o caminho de volta.
Se tiverem chegado até o final do conto, lhes sugiro escutar essa versão de Somewhere Over The Rainbow. Simplesmente linda!
"Com certeza, o sonho do amor verdadeiro... Aquele amor de mãe, aquele amor incondicional, aquele amor sem paixão. Muitas pessoas dizem amar, mas quem verdadeiramente ama, que aceita o outro como é, que o deixa livre também para amar, sem possessividades, sem ciumes, sem compromisso? O amor verdadeiro é um sonho..."
Oi Irene, obrigada pelo carinho e pelo incentivo. É engraçado lermos algo que escrevemos fora do contexto do nosso próprio cantinho. Adorei ver a história escrita com tanto carinho aqui. Um grande beijo
Linda e emocionante escolha,Irene!beijos,chica
ResponderExcluirOi Irene, obrigada pelo carinho e pelo incentivo. É engraçado lermos algo que escrevemos fora do contexto do nosso próprio cantinho.
ResponderExcluirAdorei ver a história escrita com tanto carinho aqui.
Um grande beijo
Lindo texto!
ResponderExcluiré tão dificil perceber que as riquezas já estão conosco!
Oi amiga, vim oferecer o meu selinho de 120 mil visitas e o selo Amidade Sincera.
ResponderExcluirBeijinhos!
Olímpia ♥
Um encanto de história embalada por uma canção gostosa de ser ouvida. Bjos.
ResponderExcluirPassei por aqui para deixar o meu abraço.
ResponderExcluirCada momento vivido, uma nova alegria conquistada.
sandra